quinta-feira, 31 de março de 2011

Afinal, Por que Incomodamos Tanto?


Im memorian do Rev. João Paulo

A presente publicação foi mais uma vez fruto de não raras percecpções do Rev. João Paulo, suas impresões quase que "proféticas" das coisas que aconteciam em nosso meio sempre foi notória entre os colegas de ministério,seu espírito arguto, ou seja; capaz de perceber com rapidez as coisas mais sutis era sua marca registrada. Rev. Luciano Gomes.



Parte I:

"Porque Herodes, vavendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Felipe, seu irmão; pois João lhes dizia: Não te é lícito posuí-la. E querendo matá-lo temia o povo porque o tinha como profeta."
(Mt.14:3-5)

Escrevo este texto para refletir com os irmãos sobre uma constatação. Nós, como Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil - IPFB, somos pequenos em número, em recursos financeiros e materias, em poder político e influência dentro do quadro presbiteriano brasileiro. Mesmo assim parece que estamos incomodando muito a liderança hora estabelecida da Igreja Presbiteriana do Brasil - IPB, muito mais do que outra instituição eclesiástica, seja presbiteriana seja de qualquer outra matriz denominacional ou linha teológica.

Como já disse esta afirmação é uma constatação e não uma opinião. É fruto da observação de diversos acontecimentos nos últimos anos e principalmente de dois fatos recentes os quais irei rapidamente comentar para informação dos irmãos.

O primeiro fato é o artigo publicado na revista Fides Reformata Et Semper Reformanda Est. (volume IV número I) escrito pelo Rev. Guilhermino Cunha, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, sob o título "Os Herdeiros da Carl Mcintire". O artigo é significativo para a nossa constatação, tanto pelo veículo em que está como posição relevante do seu autor. A Fides, como é conhecida, é o orgão informativo acadêmico-teológico de ponta na IPB. A pouco tempo passou por profundas transformações com a saída dos sete professores do Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper, no qual é editada e no editorial do número em questão (Pág. 05), que apresenta e inaugura estas mudanças, podemos ler o seguinte:

"A revista Fides Reformata tem se destacado no cenário teológico brasileiro reformado, como uma das mais bem cotadas referências acadêmicas. A razão de ser da revista é a alimentação teórica de teólogos já formados ou em vias de fromação e atualização constantes, particularmente em nível de pós-graduação."

Não irei criticar o texto em si. Isto já foi feito por vários irmãos bem mais habilitados e conhecedores, não somente da teologia mas também da história do cristianismo reformado. Esses demonstram a falta de ética cristã e de precisão histórica das informações elencadas pelo autor.

Quero sim chamar a atenção para o tom iracundo e agressivo do artigo, um tom de quem se sente ameaçado, de quem não consegue esconder o desconforto ante a existência e as manifestações, mesmo que quase inaudíveis e imperceptíveis daquele a quem ataca. No artigo o Rev. Guilhermino Cunha acusa levianamente ministros de Deus de terem sido veniais quando da divisão da IPB -IPFB. A divisão ele atribui a motivos pessoais e menores destse líderes e não aos problemas doutrinários no sistema de ensino teológico da IPB, que realmente provocaram a separação. Indo mais além relaciona-os com o ato e o caráter de Judas Iscariotes. Acusa os fundamentalistas de serem obtusos intelectualmente e fanáticos que ao invés da razão usam a força para expressar suas posições. Termina sua obra prima com um indisfarcável (embora ele tenha tentado disfarçar) tripudiar regozijado pela desgraça em que caiu o Rev. Carl Mcintire, que o autor chama de "pastor" entre aspas (pág. 13), nos últimos anos da sua longa vida.

O primeiro fato está posto. É inegável que mesmo pequena a IPFB ainda assombra o Rev. Guilermino Cunha, assombro tal que levou a ferir princípios éticos e escriturísticos que ele em tese deveria observar, defender, ensinar e fazer cumprir, que são o respeito cristão e a aderência à verdade.

Continua na próxima postagem!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um Credo para os Fundamentalistas



Nota de Esclarecimento:

A presente publicação foi retirada do blog O TEMPORA! O MORES! E apenas para informar aos menos avisados que a nossa denominação ainda frutifica e levanta questões bastante importantes na atualidade, além de oferecer aos presbiterianos uma grande contribuição ao autêntico cristianismo. Aviso: Ainda estamos batalhando pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. E que os ímpios ainda se introduzem dissimuladamente em nosso meio os quais Judas os chama de rochas "submersas".Não estamos preocupados com opiniões falsas a nosso respeito; digo nosso respeito falando em nome da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil. Pois o tom hostil e ímpio de alguns só nos fortalecem a continuar vivendo e servindo de boa consciência diante de Deus e como bem disse o Rev. Jonh Piper em seu livro Irmãos nós não somos profissionais:"Somos loucos por causa de Cristo,mas os profissionais são sensatos; somos fracos, os profissionais são fortes, eles são sempre honrados, mas ninguém nos respeita. Não tentamos garantir um estilo de vida profissional; antes, passamos fome, sede, nudez e falta de morada." É por esta razão que esclarecemos aos diletos leitores do nosso blog com todo respeito que temos a estes e visando a ética, moral e os bons costumes.A esses dedicamos este post.

Um Credo para os Fundamentalistas
Postado por Augustus Nicodemus Lopes

É só uma sugestão. Acho que posso sugerir, pois fui criado numa denominação fundamentalista e mesmo que não pertença a ela hoje, continuo a ser chamado assim. Portanto, segundo meus críticos, devo entender razoavelmente do assunto.

Creio na inerrância das Escrituras. Isto não quer dizer que eu creio que a Bíblia foi ditada mecanicamente por Deus, que ela caiu pronta do céu, que sua linguagem é científica, que não há erros nas cópias, que as traduções são inerrantes (especialmente a King James), que as cópias em manuscritos existentes são inerrantes, que a Bíblia é exaustiva e que tudo que está na Bíblia é fácil de entender e interpretar. Quer dizer que eu acredito que os manuscritos originais foram infalivelmente inspirados por Deus e que, em conseqüência, a Bíblia é verdadeira em tudo o que afirma. Creio que pelas cópias existentes podemos ter certeza quase plena do que havia nos originais e que muitas das partes polêmicas e difíceis de interpretar não afetam a compreensão correta do todo.

Creio na divindade de Jesus Cristo. Isso não quer dizer que eu negue sua plena humanidade, a realidade de suas tentações, a sua preocupação com os pobres e as questões sociais. Não quer dizer que eu negue que ele foi gente de verdade, capaz de rir, de chorar, que passou por perplexidades e que aprendeu muita coisa gradativamente como as outras pessoas. Quer dizer tão somente que creio que ele era verdadeiro Deus e verdadeiro homem, muito embora eu não tenha todas as respostas para as perguntas levantadas pela doutrina das suas duas naturezas. Creio que sua morte na cruz tem eficácia para perdoar meus pecados, visto que não era um mero homem morrendo por suas próprias faltas. Sua vida, suas ações e seus movimentos podem servir de modelo para mim, embora sua religião não possa, pois ele não era cristão, como eu já disse em outra postagem aqui no blog.

Creio em todos os milagres que a Bíblia relata. Isso não quer dizer que eu acredite que milagres acontecem todos os dias, que milagres contemporâneos são indispensáveis para que eu acredite em Jesus Cristo, que Deus cura somente pela fé e que tomar remédio e ir ao médico é pecado. Também não quer dizer que eu acredite que os milagres narrados na Bíblia foram coincidências com fenômenos naturais, interpretados pelos antigos como ações de Deus, como uma enchente de barro vermelho no Nilo que parecia sangue, um tremor de terra exatamente no mesmo momento em que Josué mandou tocar as trombetas em Jericó ou um eclipse na hora que ele mandou o sol parar. Quer dizer que eu creio que os milagres bíblicos realmente aconteceram conforme estão escritos, que não são mitos, lendas, sagas, estórias ou midrashes. Creio que Deus, se quisesse, poderia fazê-los todos de novo hoje apesar de que, mesmo assim, os incrédulos continuariam a procurar outras explicações.

Creio na ressurreição física de Cristo de entre os mortos. Isso não quer dizer que eu coloque o corpo acima do espírito e nem que eu seja um ingênuo que ignora o fato que cadáveres não revivem cotidianamente. Também não quer dizer que eu ignore as tentativas de explicações alternativas existentes para o túmulo vazio, a falta do corpo de Jesus até hoje e a mudança de atitude dos discípulos. Também não quer dizer que eu acredito que Jesus hoje apareça diariamente às pessoas. Quer dizer que eu creio que ele realmente ressurgiu dos mortos e que vive eternamente com aquele corpo ressurreto e glorioso, com o qual retornará em data não sabida a esse mundo, para buscar os seus e julgar os demais. Creio que a ressurreição de Cristo é essencial para o Cristianismo. Se Cristo não ressuscitou fisicamente dos mortos, o Cristianismo é uma farsa.

Creio que somente mediante a fé em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador é que as pessoas podem ser perdoadas e salvas. Isto não quer dizer que eu desconheça o fato de que existem pessoas de bem, honestas, sinceras e de boa conduta entre aqueles que não acreditam em Deus e muito menos em Cristo. Tampouco quer dizer que todos aqueles que têm fé em Jesus Cristo são perfeitamente bons, justos e santos. O que eu quero dizer é que somos todos pecadores, uns mais, outros menos, uns ostensivamente, outros em oculto, e que somente pela confiança no que Cristo fez por nós é que poderemos ser aceitos por Deus – e não por méritos pessoais. Neste sentido, acredito que fora da fé em Cristo não há salvação, perdão ou reconciliação com Deus.

Creio em verdades absolutas. Isto não quer dizer que eu ignore que as pessoas têm diferentes compreensões de um mesmo fato. Quer dizer apenas que, para mim, quando não se complementam, tais diferentes compreensões são contraditórias e uma delas – ou várias – devem estar erradas. Acredito em absolutos morais, em leis espirituais de natureza universal, em declarações unívocas e também que Deus se revelou de maneira proposicional nas Escrituras.

Creio em tolerância. Isto não quer dizer que eu seja inclusivista e relativista, mas simplesmente que não deixarei de me relacionar com uma pessoa simplesmente porque considero que ela está equivocada teologicamente. Para mim, a tolerância pregada pelo mundo moderno é aquela característica de pessoas que não têm convicções, que não têm opiniões formadas sobre nada e que vivem numa perpétua metamorfose ambulante. Eu acredito que é possível, sim, ter convicções profundas – especialmente na área de religião – e ainda assim se manter o diálogo com quem diverge.

Tem mais coisa a ser incluída neste credo fundamentalista, mas tá bom. O que eu quero mostrar é que tem muita gente que tem o mesmo credo acima, e que é fundamentalista sem saber. Alguns ultra-fundamentalistas vão achar que eu sou liberal.

VI Reunião Ordinário do Sínodo da IPF do Brasil

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Culto de Abertura das Aulas do SPFB do Brasil


“Assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos.”(Ageu 1:7 Revista e Atualizada)

Tema: Ponderando o ambiente e repensando sobre a nossa confessionalidade.

Introdução:

O Dr. Lloyd Jones em um discurso feito na capela de Westminster em Junho de 1963; fez algumas considerações a cerca do ambiente e situação atual dos seminários e igrejas de sua época nestes termos: “Até uma época relativamente recente, a Reforma foi tomada como coisa certa e pacífica e,falando em termos gerais, era aceita; não era posta em dúvida. Havia estas duas grandes posições, acatólico-romana e a reformada. Lá estavam elas, e toda gente as reconhecia; porém agora estamos numa situação e num período em que não é mais esse o caso. Novamente tudo está sendo questionado.Há uma espécie de fluidez na corrente situação, como não houve desde o tempo da Reforma Protestante... Os marcos antigos estão sendo derribados e todos parecem concordar que temos que pensar de novo e renovadamente... O perigo que todos nós corremos é simplesmente vamos fazendo o nosso trabalho e ficamos tão imersos nele que corremos o risco de não vermos a floresta por causa das arvores...” (Discernindo os tempos - Drº Martin Lloyd Jones - palestras entre 1942-1977-grifo nosso).

I – A PLURALIDADE DAS IDÉIAS: Havia estas duas grandes posições, a católico-romana e a reformada. Lá estavam elas, e toda gente as reconhecia.

“... Escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” ( Josué 24:15)

◦ Reconhecemos hoje a posição “Bíblica, Confessional, Reformada ou Ortodoxa”, como sendo uma herança dos nossos pais reformadores? Temos consciência da nossa responsabilidade de propagar este ensino? Estamos habituados com estes termos? Fico preocupado com o nível de conhecimento das nossas igrejas com relação a este tema, encontramos não de uma forma geral; mais entre as igrejas que se dizem reformadas um sério problema de Amnésia quando o tema reforma é proposto! Tenho a nítida impressão que os membros nem se quer sabem o que foi a Reforma Protestante!

◦ Consideremos o seguinte: estamos ensinando as nossas ovelhas às antigas doutrinas da graça? Eles Entendem o que significa ser reformado? Nossas ovelhas conhecem os nossos símbolos de fé? Estão sendo doutrinadas conforme o padrão confessional e histórico que deu origem a nossa denominação presbiteriana? São estas questões que muitas vezes são colocadas em segundo plano que dão oportunidade as diversas doutrinas anti-bíblicas e heresias que surgem entre nós; estamos fraqueando a idéia absoluta das Escrituras e relativizando o que era absoluto! Precisamos decidir o que somos! Não podemos ficar suspensos no ar sem posicionamento: “Escolhei hoje a quem haveis de servir”. A posição de neutralidade é inconsistente com a vontade de Deus.

◦ Esta questão que preocupava Lloyd Jones na década de 60 só tem aumentado atualmente; por exemplo, podemos encaixar todas as denominações brasileiras nestas principais posições?

Diversos grupos distintivos nas igrejas brasileiras
◦ Reformados (calvinista) considerados moderados.
◦ Renovados (Pentecostais)
◦ Neo-pentecostais (Teologia da Prosperidade)
◦ Hiper-reformado (Ultra-calvinista) considerados extremados.

II – CONSEQUENTEMENTE: Novamente tudo está sendo questionado

◦ A questão é a seguinte: Onde isto tudo nos leva? Quando as coisas passam a ser questionadas de maneira irresponsável elas passam a ser relativisadas! O que antes para as igrejas confessionais era absoluto passa a ser relativo é neste ponto em que a situação se agrava. Penso que a falta de informação das nossas origens como denominação, que a falta de convicção de quem somos; têm nos levado a tomar nossos próprios posicionamentos de tal forma que incorremos no erro de colocá-los a cima de Cristo. ” Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3:10).

Por exemplo; em detrimento de uma pressuposição presunçosa de que não devemos abrir mão de alguns posicionamentos como: Premilenismo, Amilenismo, Supralapsarianismo, infralapsarianismo e outras correntes no círculo ortodoxo. Tornamos-nos exclusivistas onde somente o nosso ponto de vista é tido como absolutamente reformado.

◦ Não estou insinuando com isto que devemos abrir uma concessão para uma doutrina que esteja fora dos nossos símbolos de fé (confissão de Westminster). Estou apenas recorrendo à mesma para me fundamentar no princípio de que nem todas as doutrinas são igualmente claras e evidentes nas Escrituras. Cap. I §VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos...

◦ Estou questionando que isto não constitua o SEPARATISMO entre os irmãos. Nem sempre as nossas idéias e pressupostos estarão em prefeita harmonia com os nossos irmãos de origem confessional(reformada). Haverão embates assim como houve mesmo no período da reforma, nem sempre os reformadores concordaram em tudo; contudo isto não os levou a uma subdivisão do tipo:Reformadores moderados X Reformadores estremados. Exemplo: As discursões Cristológicas a cerca da “real presença na ceia do senhor” entre os Luteranos. (não confundir com a doutrina Romana da transubstanciação). Outro exemplo o livro Anglicano de Orações Comuns, aquele que sofreu objeções dos puritanos ingleses.

◦ Enfim; Para sermos mais precisos estamos nos referindo aos Hiper-Calvinístas; que pressupõe erroneamente que somente eles são os verdadeiros herdeiros da reforma! Isto é no mínimo muita pretensão! O que os faz mais reformados do que nós? Será que para eles ser reformado é manter oestereótipo de ser estreito, legalista,inflexível, exclusivista, fanático e pietista. Pergunto: O que torna todos os ramos do presbiterianismo no Brasil dignos de serem chamados Reformados?

◦ O Rev. Caleb Soraes em seu livro: 150 anos de paixão Missionária relata de forma imparcial um pouco da história de luta da IPF do Brasil, e se referindo a este fiel ramo do presbiterianismo encerra seu relato assim: “Há diversos ramos presbiterianos e cabe a cada qual honrar esse nome presbiteriano.” Não somos uma caricatura do presbiterianismo!(como alguns levianamente tem afirmado) Somos um pequeno e consciente ramo deste grande presbiterianismo no Brasil(somos a UPA diante dos grandes hospitais HR” os gigantes como IPB e outros ramos do presbiterianismo)
procuramos cumprir a missão de pregar as fiéis doutrinas da graça com a ajuda de Deus e nisto temos muito a acrescentar.

◦ Procuramos persevera em meio a uma tempestade de críticas e oposições de uma pequena parcela de “Neo-presbiterianos” que supõe em suas mentes carnais que a nossa denominação não passa de uma resistência baseada na nostalgia de um passado glorioso no tempo da assim como ficou pejorativamente conhecida “Igreja dos Gueiros”. O principal problema atualmente é ecletismo da igreja, o sincretismo religioso; as diversas idéias e posições; estamos imersos dentro de um contexto bastante diversificado onde o relativismo está tomando conta dos círculos de erudição e seminários.Lamentamos muito que existam indivíduos que pensam assim a estes respondemos: “Não vos tornei causa de tropeço nem para os judeus, nem para os gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus.” (I Co. 10:32). Esta é a nossa consciência como lideres da Igreja de Deus, não podemos colocar os nossos interesses pessoais e ambições acima dos interesses do Senhor da Igreja, disto estamos certos!

ANALIZANDO OS FATOS: Os marcos antigos estão sendo derribados

A esta altura podemos considerar que problema crônico em nossa época é a ausência dos
fundamentos doutrinários dos nossos púlpitos, escolas e seminários, é negociar o inegociável! É abrir mão dos fundamentos essências a manutenção da fé reformada, analisemos, pois detalhadamente o texto:

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”*(I Co 3:11ARA)
Themelion gar allon oudeis dunatai theinai para ton keimenon os estin Iêsous Christos (Trasliteração)

A)Significado semântico de cada palavra.
B)Sugestão de Tradução Literal seria algo assim:
“Fundamento, pois outro ninguém forte( colocar ao lado do destinado, (raiz de=Deitar o qual Ele é Jesus Cristo.”
Contexto remoto do texto:

“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, (Sig.Construtor competente, mestre de obra, palavra que da origem a Arquitetura) o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.” (I Co. 3:10). Paulo está afirmando que foi pela graça de Deus que ele como um grande mestre de obra havia lançado ao coríntios um fundamento altamente forte para sustentar a fé deles e que não havia necessidade de deitar, ou seja, derrubar toda construção para refazer a base do Cristianismo, e que esta base que ele chama de fundamento é Jesus Cristo.

Acusativo sig. Fundar, estabelecer, fundamento.) (Conjunção usada par expressar causa, sig.Pois, por isto, portanto) (Acusativo sig. Outro ou diferente) (Conjunção negativa sig.Ninguém, nada ou de modo nenhum) (No dic. Léxico Grego-Português temos a Raiz desig. Forte, poderoso e capaz. O NTG 4ª Ed. Sig. Possível competente e qualificado. (Expressa uma idéia contrária ou oposta sig. Por, colocar, outro no lugar. =(preposição sig. Lado de, por, ao lado, próximo de) (artigo definido sig. O) = ( Raiz de sig.deitar, colocar, destinar, adicionar, a idéia desta palavra é que se temos uma construção pronta que não pode ser ou seja deitada no chão,sugere que esta construção já pronta não pode ser alterada na sua fundação, a sua base já esta pronta e não pode ser adicionada nada mais) = (Pronome relativo sig. Quem, que, o qual,) = ( presente indicativo e sig.Ele é, é Ele, está) Jesus Cristo.

Nota exegética: Podemos entender segundo esta idéia da tradução literal que o fundamento forte(Forte, poderoso, capaz, competente e qualificado) que Paulo está dizendo que não há de modo nenhum outro fundamento que tenha em si mais força que Jesus Cristo. Ou seja, também significa que Jesus é o
único fundamento capaz colocado como a sustentação de toda a religião cristã e que nenhum outro é qualificado para substituir o fundamento que é Jesus Cristo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Culto de Ações e Graças de Aniversário do Ministério de Louvor Elshadai



Local:IPB de Ponte dos carvalhos
Dia: 18 de Dezembro de 2010
Preletor: Rev. Luciano Gomes da Silva
Tema: A verdadeira Adoração Versus Adoração Humana.


“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem..” (João 4:23)

INTRODUÇÃO:

Inicialmente gostaria de expressar nesta noite a minha tranqüilidade em tratar deste assunto como os irmãos, geralmente quando sou convidado para trazer uma mensagem à outra comunidade cristã que não seja a minha tenho tido certo cuidado e zelo para tratar tais assuntos; entretanto me sinto bastante a vontade em expor este tema tendo em vista que esta igreja é de tradição bíblica reformada e confessional que adota os símbolos de fé de Westminster como fiel sistema de exposição das doutrinas bíblicas das igrejas reformadas do séc. XVI entre elas as igrejas Presbiterianas da Escócia. Bem; sendo assim permitam-me introdutoriamente como recurso argumentativo citar para vocês O Diretório de Culto de Westminster no tocante ao cântico dos salmos como uma das formas de expressão de adoração:
 É dever dos cristãos louvar a Deus publicamente cantando salmos juntos na igreja, e também em particular na família. (Diretório de Culto de Westminster). Passemos algumas considerações com relação a este dever da comunidade cristã:

I - CUIDADO COM A FALSA ADORAÇÃO SEGUNDO OS PRECEITOS DOS HOMENS, SEM ENTENDIMENTO E DISCERNIMENTO ESPIRITUAL.

“Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” (Mt. 15:8-9)

O Senhor Jesus como sábio mestre exorta a mulher samaritana quanto aos verdadeiros adoradores, entende-se logicamente que se existem os verdadeiros adoradores também existem os falsos. O problema acredito, que esteja no estereótipo de muitos “Adoradores” que tipo de adoração estamos acostumados a ouvir nas igrejas? De que forma esta sendo expressa esta adoração?
É bem sabido dos irmãos creio que o Diretório de Culto de Westminster (DCW) foi uma proposta dos reformadores ingleses (puritanos) para uma reforma na liturgia prescrita pelo Livro de Oração Comum da Igreja Anglicana que prescrevia o batizado privado, a leitura dos livros apócrifos, o sinal da cruz no batismo entre outras práticas romanista. O DCW foi elaborado neste contexto de falsas aspersões e interpretações de adoração no culto público como uma volta ao puro e simples culto tendo como base para o princípio regulador do culto as Escrituras Sagradas.
É bom lembrar que embora tenhamos apenas a citação dos salmos metrificados no DCW, não era a intenção dos puritanos criarem mais um manual de culto a exemplo do Livro de Oração Comum da Igreja Anglicana fazendo com que a adoração fosse algo mecânico e restrito, muito pelo contrário a história registra exatamente o oposto ao que os Neo-reformados (Os reformados brasileiros que adotam em sua liturgia o cântico restrito dos salmos metrificados e o silêncio total das mulheres na oração pública).
Sobre estes “neo-reformados” brasileiros O Rev. Augustus Nicodemus em seu livro: O que estão fazendo com a Igreja os apresenta:

“O termo Neo-Puritanos no Brasil, todavia, tem sido usado nos círculos evangélicos para designar os adeptos da teologia puritana no Brasil que passaram a usar determinadas doutrinas e práticas como identificadoras dos verdadeiros reformados. Entre elas estão o cântico exclusivo dos salmos sem instrumentos musicais no culto, o silêncio total das mulheres no culto”.

O grande problema com os ensinamentos doutrinários destes neo-puritanos é que eles estão mais preocupados com as práticas históricas do contexto da Inglaterra do séc. XVI que se esquecem da essência da adoração; John Piper no livro Irmãos, nós não somos profissionais cita João Calvino como um reformador que respeitava e entendia a forma de cultuar de cada povo em sua nação e em suas respectivas épocas. Se estes neo-puritanos reivindicam o modelo de culto inglês exatamente ao que os puritanos praticaram então teremos que rever outras práticas tais como: fumar cachimbo, tomar uísque (C.S. Lewis) para sermos considerados verdadeiros reformados? Apenas para ilustrar o que estou lhes dizendo gostaria de lhes contar um fato verídico, o Rev. José Vasconcelos foi convidado por um amigo que mora em Charlote EUA para pregar em uma Igreja Presbiteriana, no intervalo da Escola Dominical alguns pastores estavam de forma muito natural fumando o seu velho cachimbo. Ouçam o que Calvino diz sobre as formas de cultuar:

 “... Nas cerimônias não quis ele prescrever minuciosamente o que devamos seguir (porque isto previne depender da condição dos tempos, nem julgaria convir a todos os séculos uma forma única... Enfim, porque Deus nada ensinou expresso nesta área, porquanto essas coisas não são necessárias a salvação e devem acomodar-se variadamente para edificação da Igreja, segundo os costumes de cada povo e do tempo...”

Como podem prescrever o que Deus não tencionou revelar claramente nas Escrituras? O próprio Calvino reconhece que as cerimônias e cultos públicos devem se acomodar respeitando as varias formas de cultuar, é lógico que esta não é uma concessão feita por ele para fazermos o culto conforme nossas imaginações ou sugestões de satanás conforme nos diz a CFW capítulo XXI § 1;

 “Mas a foram aceitável de cultuar o Deus verdadeiro é instituída por ele mesmo e, portanto, delimitada por sua própria vontade revelada, de modo que ele não pode ser cultuado segundo as imaginações e sugestões humanas, nem segundo as sugestões de Satanás.

Estou me referindo ao fato de termos liberdade a luz da bíblia em nossa própria época e contexto nacional em que vivemos podermos adorar a Deus cantando nossos salmos, hinos e cânticos espirituais e não sermos constrangidos por homens ignorantes que afirmam que tais práticas não são práticas dos autênticos reformados.

Retomando a seguinte questão qual a motivação e pretensão do DCW? É levar as igrejas a cultuar a Deus conforme os padrões bíblicos conforme o Ap. Paulo escreveu: “Rogo-vos, pois irmão, pelas misericórdias de Deus que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; que é o vosso culto racional E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12:1 e 2)

Nota exegética: logikhn = logiken significa: Racional, lógico, algo que exige discernimento, raciocínio.

 Sto. Agostinho disse: “Ninguém é capaz de cantar dignamente a Deus, a não ser que cante aquilo que já recebeu dele”.
 Calvino disse no prefácio do Saltério de Genebra: “Usarmos músicas não somente honestas, mas também santas, que nos sirvam de estímulo para que oremos e adoremos a Deus, e para que meditemos sobre sua operação para que o amemos, temamos, honremos e glorifiquemos”.

II - ADORAÇÃO EM ESPÍRITO E VERDADE DEVE SER COM ENTENDIMENTO.

"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. (Dt. 6:5).

 Ouçam o que diz novamente o DCW: “Ao cantar os salmos a voz deverá ser afinada e ordenada com seriedade, mais o cuidado maior precisa ser o de cantar com entendimento e com graça no coração, erguendo melodias ao Senhor.” Notem a ordem: voz afinada, ordenada com seriedade no entanto isto não constitui uma verdadeira adoração, não basta a técnica, postura ou até mesmo profissionalismo é necessário a verdadeira compreensão da adoração em espírito e verdade.
Retornando ao texto base podemos notar que a mulher samaritana estava confusa quanto a forma: “Nossos pais adoravam neste monte (templo no monte Gerizim em Samaria); vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” (Jo 4:20).Então Jesus surpreendentemente diz: “... Nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis ao Pai”. Ou seja; Jesus está dizendo para aquela mulher que nem uma coisa nem outra, você esta confusa, é necessário mais que a forma (referindo-se ao lugar de adoração) a essência em espírito e verdade do grego  =espíritoverdade.

Este princípio pode ser deduzido logicamente do texto lido; não que o entendimento associado a formação intelectual do adorador possa garantir uma adoração de acordo com a Palavra de Deus, isto com certeza não é a garantia de uma adoração em Espírito e em verdade conforme ensinou Jesus Cristo. Este entendimento deve essencialmente vir associado a uma vida de piedade e submissão a Deus, sem ortopraxia seria inútil toda ortodoxia: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria”. (Tiago 3:13). A adoração de acordo com as Escrituras não é um privilégio de uma elite de intelectuais, mas de verdadeiros adoradores que adoram em espírito e em verdade.

“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”. (I Co 14:15)

 Calvino diz: “De resto, é necessário ressaltar aquilo que S. Paulo disse: que cânticos espirituais não podem ser bem entoados, a menos que sejam cantados de coração. Mas o coração requer inteligência. E é nisso (diz Sto. Agostinho) que reside a diferença entre o canto dos homens e o dos pássaros. Pois pode bem ser que um sabiá, um uirapuru ou um papagaio cantem bem, mas jamais o farão com entendimento, A dádiva singular que os homens têm é cantar com conhecimento daquilo que cantam”.
Nota exegética: nouz = a compreensão, a mente como a faculdade do pensamento.


CONCLUSÃO:

A essência da adoração deve ser o princípio regulador do culto, devemos considerar igualmente válidas as outras formas de adoração prescritas na Palavra de Deus, e não idolatrar a forma em detrimento da essência. A verdadeira adoração em espírito e verdade é o resultado da mais sublime relação entre adorador e adorado, esta relação é obtida por meio de uma compreensão restrita e íntima que o adorador tem por meio do discernimento espiritual na Palavra, ele sabe exatamente no que crê, está convicto da soberania de Deus em sua vida e isto lhe faz entoar louvores que exaltam a majestade e grandeza de Deus. Sua adoração não é apenas um ritual metrificado, vazio e cheio de cerimônias exteriores sem significado interno; sua adoração é como o canto do vento mais forte que enche todo o campo de folhas espalhando pelo ar o aroma de Cristo. Que vocês prossigam como disse o Ap. Paulo aos Efésios:

“Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, (Efésios 5:19)

Que vossas vidas, vossas atitudes sejam um eterno louvor pelo Deus soberano que os criou, que a graça de Deus seja convosco; o nosso desejo seja semelhante ao que Paulo proferiu aos Colossensses:

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. (Colossensses 3:16)

*O Rev.Luciano Gomes da Silva é pastor da Igreja Presbiteriana Fundamentalista em Aldeia, Pós-graduado em Teologia Exegética pelo SPN, professor do SPFB e graduando em Letras pela Faculdade São Miguel.

domingo, 31 de outubro de 2010

53º Aniversário da IPF do IPSEP


Subtema: A igreja da superfície: Curando a superficialidade da Igreja pela Palavra.
“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”.
(Jr. 6:14)

INTRODUÇÃO:

No livro Morte na Panela, Uma Ameaça Real a Igreja o Rev. Hernandes Dias Lopes trata em seu prefácio da situação em que se encontra as igrejas em nosso país, poderíamos dizer que esta enfermidade tem levado muitas igrejas antes sérias e comprometidas com a fiel pregação da palavra a verdadeiras UTI’s
(unidade de terapia intensiva), espiritual; por quer não dizer Unidade de Tratamento Espiritual UTE?
“Não podemos tratar de um problema antes de diagnosticá-lo. A prevenção é o melhor caminho para uma vida saudável. Mas é preciso dizer que uma doença grave está atingindo as entranhas da igreja em nosso país. Essa doença está sendo causada por intoxicação alimentar... A igreja Evangélica brasileira não está precisando de maquiagem, e, sim de cirurgia.”
Ao nos propormos a falar da igreja da superfície e como curar a superficialidade da igreja pela Palavra não poderíamos antes de tudo de fazer um alto-exame de nossas vidas, situação espiritual um verdadeiro permitam-me utilizar mais uma vez um termo médico Diagnóstico da nossa situação como igreja, denominação e sobre tudo; como cristãos. (do grego original διαγηοστικόη, que é a junção de duas Expressões dia que significa "através de, durante, por meio de" e gnostico que significa "conhecimento de").

EXPOSIÇÃO:

Pegando a definição de diagnóstico como o conhecimento da doença por meio de exame; colocamos-nos inteiramente a mercê da graça de Deus e buscaremos com muito temor e tremor tratar deste assunto. Permitam-me, expor para vocês o diagnóstico da situação das igrejas feitas por alguns irmãos conhecidos nossos:
O Rev. Hernandes Dias Lopes diagnosticou em seu livro já citado que:
“A igreja hoje cresce em número, mas decresce em credibilidade. Ela tem extensão, mas não profundidade (superficial). Ela tem influência política, mas não poder espiritual. Ela tem carisma, mas não caráter. Ela tem muita adesão, mas pouca conversão.”

O Rev. Augustus Nicodemus em sua obra intitulada O que estão fazendo com a igreja denuncia a situação da igreja em nossos dias:
“Falando sem rodeios, os neolibertinos presentes nas igrejas evangélicas defendem o sexo antes do casamento, a multiplicidade de parceiros, as relações homossexuais, a troca de esposas e maridos, a pornografia, as aventuras amorosas fora do casamento, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, a participação dos cristãos nas diversões mundanas....”

Amados irmãos, o que fazer com está igreja doente que vive na superfície do evangelho, uma igreja que não tem profundidade; como reagir diante de um quadro tão assustador como este em que a igreja moribunda esta prestes a se render ao mundo? Passemos agora ao remédio, curando a superficialidade (enfermidade) da igreja pela palavra é necessário antes de tudo reconhecer-mos que a igreja está doente.

I - Primeira enfermidade: DIVERSOS PECADOS NÃO TRATADOS.

“Como o poço conserva frescas as suas águas, assim ela conserva fresca a sua maldade; violência e estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas há diante de mim continuadamente”. (Jr. 6:7)

Pra começar não basta apenas pedir perdão a Deus pelos nossos pecados e continuarmos cometendo os mesmos pecados continuamente em Pv. 28:13 nos diz: “ O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia”. Vemos no texto o profeta usar a expressão proverbial antiga: Como o poço conserva frescas as suas águas, referindo-se aos pecados não confessados e abandonados pelo povo de Deus. Notem que estes pecados faziam do povo de Deus enfermos espiritualmente, estes pecados encobertos traziam terríveis conseqüências ao povo.

Notem imediatamente no versículo 8 o apelo a correção por meio da disciplina imposta por Deus para correção da superficialidade e enfermidade do povo: Aceita a disciplina, ó Jerusalém... (Jr.6:8). No livro Disciplina na Igreja Uma Marca em Extinção o presbítero Solano Portela diz algo interessante:
“Ás vezes achamos que ignorando as manifestações de pecado, ele irá embora... Não é negando a realidade dos pecados, na igreja ou em nossas vidas, que resolveremos o problema”.

E por falar em disciplina ela é tão séria que os próprios reformadores colocaram o exercício da disciplina ao lado da Pregação da Palavra e Administração dos Sacramentos com marcas da verdadeira igreja de Cristo que se distingue da falsa: “... A Igreja verdadeira é reconhecida pelas seguintes marcas: Ela pratica a pura pregação do evangelho; mantém a pura administração dos sacramentos segundo Cristo os instituiu; exercita a disciplina na igreja para correção e punição dos pecados...” (Confissão de Fé Belga, Art. 29, As marcas da verdadeira e da falsa igreja).

II - Segunda enfermidade: PECADO DA IDIFERENÇA PARA COM A PALAVRA DE DEUS.

“A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e eles não podem ouvir; eis que a palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela”. (Jr. 6:10).

Assim como o doente não pode ficar curado se não tomar o remédio e seguir as prescrições médicas, os nossos pecados não serão perdoados se não atentarmos para a Palavra de Deus. Estamos vivendo uma crise no culto em nossas igrejas, Ficamos 40 min. há 1 hora na fila de um banco em pé mais quanto tempo suportamos ouvir um sermão do nosso pastor em nossas igrejas? Escutamos o professor em nossa faculdade lecionar 2 horas de aula interruptas, mas quanto tempo temos nos dedicado a aprender com o nosso professor de escola dominical as doutrinas da graça?

Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e eles não podem ouvir, Está é a realidade em muitas igrejas, seus ouvidos estão precisando de conversão! Nunca aprendem estão ouvindo a Palavra há tanto tempo e nunca se desenvolvem na fé, são imaturos, são como crianças: “Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!” (Hebreus 5:12).

III - Terceira enfermidade: VIVEM UMA VIDA DE APARÊNCIA, BUSCAM APENAS SEUS INTERESSES PESSOAIS.

"Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à ganância; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade”. (Jr. 6:13).

IV - Quarta enfermidade: OS PECADOS SÃO TRATADOS DE FORMA SUPERFICIAL/LEVIANAMENTE E O CINISMO RELIGIOSO.

“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”. (Jr. 6:14)

Precisamos amdos irmãos, queridos pastores e presbíteros, dar um tratamento de choque contra o pecado da igreja. Se preciso for perder um membro do nosso corpo para que o resto sobreviva precisamos ter coragem de estripar o mal da igreja do Senhor.

“Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se. Portanto cairão entre os que caem; no tempo em que eu os visitar tropeçarão, diz o Senhor”.(Jr. 6:15)

CONCLUSÃO

“Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele.” (Jr. 6: 16)

Sola Escriptura

Sola Escriptura
Ser um Cristão reformado é está interessado em se reformar sempre.É prezar pelos princípios da reforma, e estar disposto a adaptar toda a vida e teologia ao exame final das Escritutras.