terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Culto de Abertura das Aulas do SPFB do Brasil


“Assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos.”(Ageu 1:7 Revista e Atualizada)

Tema: Ponderando o ambiente e repensando sobre a nossa confessionalidade.

Introdução:

O Dr. Lloyd Jones em um discurso feito na capela de Westminster em Junho de 1963; fez algumas considerações a cerca do ambiente e situação atual dos seminários e igrejas de sua época nestes termos: “Até uma época relativamente recente, a Reforma foi tomada como coisa certa e pacífica e,falando em termos gerais, era aceita; não era posta em dúvida. Havia estas duas grandes posições, acatólico-romana e a reformada. Lá estavam elas, e toda gente as reconhecia; porém agora estamos numa situação e num período em que não é mais esse o caso. Novamente tudo está sendo questionado.Há uma espécie de fluidez na corrente situação, como não houve desde o tempo da Reforma Protestante... Os marcos antigos estão sendo derribados e todos parecem concordar que temos que pensar de novo e renovadamente... O perigo que todos nós corremos é simplesmente vamos fazendo o nosso trabalho e ficamos tão imersos nele que corremos o risco de não vermos a floresta por causa das arvores...” (Discernindo os tempos - Drº Martin Lloyd Jones - palestras entre 1942-1977-grifo nosso).

I – A PLURALIDADE DAS IDÉIAS: Havia estas duas grandes posições, a católico-romana e a reformada. Lá estavam elas, e toda gente as reconhecia.

“... Escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” ( Josué 24:15)

◦ Reconhecemos hoje a posição “Bíblica, Confessional, Reformada ou Ortodoxa”, como sendo uma herança dos nossos pais reformadores? Temos consciência da nossa responsabilidade de propagar este ensino? Estamos habituados com estes termos? Fico preocupado com o nível de conhecimento das nossas igrejas com relação a este tema, encontramos não de uma forma geral; mais entre as igrejas que se dizem reformadas um sério problema de Amnésia quando o tema reforma é proposto! Tenho a nítida impressão que os membros nem se quer sabem o que foi a Reforma Protestante!

◦ Consideremos o seguinte: estamos ensinando as nossas ovelhas às antigas doutrinas da graça? Eles Entendem o que significa ser reformado? Nossas ovelhas conhecem os nossos símbolos de fé? Estão sendo doutrinadas conforme o padrão confessional e histórico que deu origem a nossa denominação presbiteriana? São estas questões que muitas vezes são colocadas em segundo plano que dão oportunidade as diversas doutrinas anti-bíblicas e heresias que surgem entre nós; estamos fraqueando a idéia absoluta das Escrituras e relativizando o que era absoluto! Precisamos decidir o que somos! Não podemos ficar suspensos no ar sem posicionamento: “Escolhei hoje a quem haveis de servir”. A posição de neutralidade é inconsistente com a vontade de Deus.

◦ Esta questão que preocupava Lloyd Jones na década de 60 só tem aumentado atualmente; por exemplo, podemos encaixar todas as denominações brasileiras nestas principais posições?

Diversos grupos distintivos nas igrejas brasileiras
◦ Reformados (calvinista) considerados moderados.
◦ Renovados (Pentecostais)
◦ Neo-pentecostais (Teologia da Prosperidade)
◦ Hiper-reformado (Ultra-calvinista) considerados extremados.

II – CONSEQUENTEMENTE: Novamente tudo está sendo questionado

◦ A questão é a seguinte: Onde isto tudo nos leva? Quando as coisas passam a ser questionadas de maneira irresponsável elas passam a ser relativisadas! O que antes para as igrejas confessionais era absoluto passa a ser relativo é neste ponto em que a situação se agrava. Penso que a falta de informação das nossas origens como denominação, que a falta de convicção de quem somos; têm nos levado a tomar nossos próprios posicionamentos de tal forma que incorremos no erro de colocá-los a cima de Cristo. ” Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3:10).

Por exemplo; em detrimento de uma pressuposição presunçosa de que não devemos abrir mão de alguns posicionamentos como: Premilenismo, Amilenismo, Supralapsarianismo, infralapsarianismo e outras correntes no círculo ortodoxo. Tornamos-nos exclusivistas onde somente o nosso ponto de vista é tido como absolutamente reformado.

◦ Não estou insinuando com isto que devemos abrir uma concessão para uma doutrina que esteja fora dos nossos símbolos de fé (confissão de Westminster). Estou apenas recorrendo à mesma para me fundamentar no princípio de que nem todas as doutrinas são igualmente claras e evidentes nas Escrituras. Cap. I §VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos...

◦ Estou questionando que isto não constitua o SEPARATISMO entre os irmãos. Nem sempre as nossas idéias e pressupostos estarão em prefeita harmonia com os nossos irmãos de origem confessional(reformada). Haverão embates assim como houve mesmo no período da reforma, nem sempre os reformadores concordaram em tudo; contudo isto não os levou a uma subdivisão do tipo:Reformadores moderados X Reformadores estremados. Exemplo: As discursões Cristológicas a cerca da “real presença na ceia do senhor” entre os Luteranos. (não confundir com a doutrina Romana da transubstanciação). Outro exemplo o livro Anglicano de Orações Comuns, aquele que sofreu objeções dos puritanos ingleses.

◦ Enfim; Para sermos mais precisos estamos nos referindo aos Hiper-Calvinístas; que pressupõe erroneamente que somente eles são os verdadeiros herdeiros da reforma! Isto é no mínimo muita pretensão! O que os faz mais reformados do que nós? Será que para eles ser reformado é manter oestereótipo de ser estreito, legalista,inflexível, exclusivista, fanático e pietista. Pergunto: O que torna todos os ramos do presbiterianismo no Brasil dignos de serem chamados Reformados?

◦ O Rev. Caleb Soraes em seu livro: 150 anos de paixão Missionária relata de forma imparcial um pouco da história de luta da IPF do Brasil, e se referindo a este fiel ramo do presbiterianismo encerra seu relato assim: “Há diversos ramos presbiterianos e cabe a cada qual honrar esse nome presbiteriano.” Não somos uma caricatura do presbiterianismo!(como alguns levianamente tem afirmado) Somos um pequeno e consciente ramo deste grande presbiterianismo no Brasil(somos a UPA diante dos grandes hospitais HR” os gigantes como IPB e outros ramos do presbiterianismo)
procuramos cumprir a missão de pregar as fiéis doutrinas da graça com a ajuda de Deus e nisto temos muito a acrescentar.

◦ Procuramos persevera em meio a uma tempestade de críticas e oposições de uma pequena parcela de “Neo-presbiterianos” que supõe em suas mentes carnais que a nossa denominação não passa de uma resistência baseada na nostalgia de um passado glorioso no tempo da assim como ficou pejorativamente conhecida “Igreja dos Gueiros”. O principal problema atualmente é ecletismo da igreja, o sincretismo religioso; as diversas idéias e posições; estamos imersos dentro de um contexto bastante diversificado onde o relativismo está tomando conta dos círculos de erudição e seminários.Lamentamos muito que existam indivíduos que pensam assim a estes respondemos: “Não vos tornei causa de tropeço nem para os judeus, nem para os gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus.” (I Co. 10:32). Esta é a nossa consciência como lideres da Igreja de Deus, não podemos colocar os nossos interesses pessoais e ambições acima dos interesses do Senhor da Igreja, disto estamos certos!

ANALIZANDO OS FATOS: Os marcos antigos estão sendo derribados

A esta altura podemos considerar que problema crônico em nossa época é a ausência dos
fundamentos doutrinários dos nossos púlpitos, escolas e seminários, é negociar o inegociável! É abrir mão dos fundamentos essências a manutenção da fé reformada, analisemos, pois detalhadamente o texto:

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”*(I Co 3:11ARA)
Themelion gar allon oudeis dunatai theinai para ton keimenon os estin Iêsous Christos (Trasliteração)

A)Significado semântico de cada palavra.
B)Sugestão de Tradução Literal seria algo assim:
“Fundamento, pois outro ninguém forte( colocar ao lado do destinado, (raiz de=Deitar o qual Ele é Jesus Cristo.”
Contexto remoto do texto:

“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, (Sig.Construtor competente, mestre de obra, palavra que da origem a Arquitetura) o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.” (I Co. 3:10). Paulo está afirmando que foi pela graça de Deus que ele como um grande mestre de obra havia lançado ao coríntios um fundamento altamente forte para sustentar a fé deles e que não havia necessidade de deitar, ou seja, derrubar toda construção para refazer a base do Cristianismo, e que esta base que ele chama de fundamento é Jesus Cristo.

Acusativo sig. Fundar, estabelecer, fundamento.) (Conjunção usada par expressar causa, sig.Pois, por isto, portanto) (Acusativo sig. Outro ou diferente) (Conjunção negativa sig.Ninguém, nada ou de modo nenhum) (No dic. Léxico Grego-Português temos a Raiz desig. Forte, poderoso e capaz. O NTG 4ª Ed. Sig. Possível competente e qualificado. (Expressa uma idéia contrária ou oposta sig. Por, colocar, outro no lugar. =(preposição sig. Lado de, por, ao lado, próximo de) (artigo definido sig. O) = ( Raiz de sig.deitar, colocar, destinar, adicionar, a idéia desta palavra é que se temos uma construção pronta que não pode ser ou seja deitada no chão,sugere que esta construção já pronta não pode ser alterada na sua fundação, a sua base já esta pronta e não pode ser adicionada nada mais) = (Pronome relativo sig. Quem, que, o qual,) = ( presente indicativo e sig.Ele é, é Ele, está) Jesus Cristo.

Nota exegética: Podemos entender segundo esta idéia da tradução literal que o fundamento forte(Forte, poderoso, capaz, competente e qualificado) que Paulo está dizendo que não há de modo nenhum outro fundamento que tenha em si mais força que Jesus Cristo. Ou seja, também significa que Jesus é o
único fundamento capaz colocado como a sustentação de toda a religião cristã e que nenhum outro é qualificado para substituir o fundamento que é Jesus Cristo.

Um comentário:

  1. graça e paz amado. estamos pedindo que divulgue o nosso blog http://comentariosbiblicos1.blogspot.com/
    agradeçemos.

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Sola Escriptura

Sola Escriptura
Ser um Cristão reformado é está interessado em se reformar sempre.É prezar pelos princípios da reforma, e estar disposto a adaptar toda a vida e teologia ao exame final das Escritutras.